Goiânia, Sexta, 26 de Abril de 2024
Segunda, 19 Janeiro 2015 13:25

Muito provavelmente, você já tenha ouvido a expressão “assédio moral”. Embora esta nomenclatura seja relativamente nova, tendo ganhado força no Brasil somente após o ano 2000, o assédio moral, também chamado de violência moral no trabalho, é tão antigo quanto o próprio trabalho. Trata-se da exposição de trabalhadores à ocorrências vexatórias, humilhantes, agressivas e constrangedoras, de maneira repetitiva, contínua ou prolongada, durante a jornada de trabalho, no desempenho de suas funções.

Porém, para a caracterização do assédio moral, as ocorrências destas desagradáveis situações devem ser repetidas. Portanto, meros desentendimentos ou dissabores isoladamente ocorridos no ambiente de trabalho NÃO são suficientes para configurar violência moral. Como dito, para que haja o assédio moral, as exposições devem ser contínuas ou prolongadas.

Ainda que sejam muito mais comuns em relações hierárquicas, isto é, partindo do chefe para o subordinado, o assédio moral também pode ser realizado pelo subordinado para com seu superior, ou entre pessoas com o mesmo grau hierárquico.

Como identificar?

Humilhação repetida, “brincadeirinhas” discriminatórias, amedrontações, desprezo, menosprezo, inferiorização, ridicularizações de todos os tipos, entre outras situações que de alguma forma coloquem o trabalhador em condição de rebaixamento e/ou constrangimento, caracterizam assédio moral. As consequências decorrentes do assédio moral são graves e inúmeras, indo da angústia até a depressão.

O que fazer?

  1. Se você se identificou com os exemplos expostos, tente, inicialmente, ter uma conversa amigável com o agressor, explicando como se sente em relação às atitudes deste, para que haja uma mudança de comportamento.
  2. Procure acompanhamento psicológico.
  3. Registre todos os detalhes dos constrangimentos sofridos, como data e hora, palavras ofensivas e pessoas que testemunharam os fatos. Se for possível gravar as conversas, não deixe de fazer. Ainda, procure sempre a companhia de uma terceira pessoa quando tiver de se dirigir ao agressor.
  4. Verifique se o agressor também ataca outras vítimas, buscando, assim, a ajuda dos colegas hostilizados ou que ainda tenham presenciado alguma violência moral.
  5. 5) Encaminhe uma carta registrada, solicitando ao agressor explicações escritas e formais do motivo do ato da violência moral;6) Busque apoio jurídico para esclarecer suas dúvidas e se informe sobre as medidas judiciais cabíveis ao seu caso.

O importante, no caso de assédio moral, é que a vítima não esconda a situação e busque apoio o mais breve possível, a fim de evitar consequências danosas e eliminar o problema de uma vez por todas!

Publicado por Débora Bozgazi

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