A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai iniciar a desimobilização de 18 imóveis que não mais atendem suas finalidades armazenadoras em 11 Estados da federação. O processo, que vem sendo feito pela comissão especial de alienação, é parte do Plano Estratégico de Modernização da empresa. A licitação dos imóveis deve ocorrer nos próximos meses.
Desse grupo, três serão doados e 15 estão prontos para serem vendidos, porque já possuem a documentação inicial exigida pelo processo de alienação, aguardando, segundo a área financeira da Conab, apenas normas de publicação dos editais, o que deve ocorrer nos 60 dias seguintes à finalização. Os destinados à venda estão situados nos municípios de Manicoré (AM), Uruburetama (CE), Pindaré-Mirim (MA), Sinop (MT), Glória de Dourados e Pedro Gomes (MS), Passa Quatro (MG), Curitiba (PR), Goiana e Recife (PE) e Natal (RN). Os doados são os de Sobral (CE) e Pimenta Bueno e Ouro Preto d'Oeste (RO).
Outras unidades estão também com os processos em andamento, aguardando o fechamento de questões burocráticas, como regularização, avaliação e, finalmente, venda.
De acordo com a Conab, a desimobilização ou venda de unidades é feita com imóveis não mais adequados ao modelo de armazenagem que a companhia quer implantar. “Isto vem ocorrendo desde que as representações regionais detectaram a inutilidade de mantê-los sob sua responsabilidade, gerando, em alguns casos, despesas desnecessárias ao erário”, diz o órgão em nota.
Fonte: Valor Econômico
É lastimável a posição da Direção atual da Conab, justamente em véspera de eleição em querer desmobilizar (vender ou doar) as unidades armazenadoras, das quais tem prestados relevantes serviços na área social, cumprindo e desenvolvendo os objetivos e a missão da Companhia junto a sociedade brasileira.
Dizer que as citadas unidades não são mais adequadas para o novo modelo de armazenagem da Companhia quer adotar é um tando incoerente e precipitado, já que o Plano Nacional de Armazenagem, lançado no ano passado pela Presidenta Dilma, candidata a reeleição em outubro deste ano, nem se quer saiu do papel, do qual visa a construção de novos armazéns, bem como a reforma e modernização de outras unidades da rede da Conab.
Razão pela qual perguntamos:
a) Qual é o modelo de armazenagem que vai ser implantado na Conab?;
b) A Direção da Conab não está precipitando em vender ou doar as citadas unidades, já que o tal modelo de armazenagem nem se quer saiu do papel?
Esse filme nós já assistimos e conhecemos muito bem! Foi no ano de 2002, final do Governo de Fernando Henrique Cardoso - FHC, quando varias unidades da rede de armazenagem da Conab foram desativas, vendidas ou doadas, sob o pretexto de que as mesmas não serviam mais para a Companhia, estavam dando grandes prejuízos financeiros. Em 2003, Lula foi eleito, assumiu a presidência da Conab, o professor Luiz Carlos Guedes Pinto, quando este começou a perceber a importância da Conab para a sociedade brasileira, principalmente no campo social, sem qualquer pensamento dominante ao capital (receita x despesa), iniciou-se o processo da reabertura e a retomada de varias unidades armazenadora, objetivando desenvolver as atividades da Conab na ramo de abastecimento alimentar para a região.
Postado pela ASNAB/GOIÁS