Por 33 votos, o tema não foi aceito para ser inserido na pauta preliminar de negociação do ACT 2014/2015, discutida durante a Assembleia Geral Nacional, realizada entre os dias 21 e 23 de maio.
O tema “Ponto Eletrônico” (dispositivo de controle da frequência dos empregados), que a Conab pretende implantar na empresa, foi rejeitado pelos participantes da Assembleia Geral Nacional dos Empregados, realizada entre os dias 21 e 23 de maio. Sendo assim, a maioria dos representantes dos empregados votou pela não inserção da proposta também na pauta de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015.
Durante a Assembleia, o membro da Comissão Nacional de Negociação dos Empregados (CNNE), Francisco Assis Xavier, contou que, ao longo do processo de negociação do ACT 2013/2014, os membros da comissão patronal já haviam tentado inserir a tal proposta no acordo em vigor, porém, à época, a CNNE não aceitou. “De antemão colocamos para os representantes da Conab que não iríamos aceitar a inclusão de tal proposta sem que antes fizéssemos uma ampla discussão, por meio de Assembleia, com a categoria. É por isso que agora estamos colocando este tema em votação”, justificou Assis.
Na mesma ocasião, o diretor de comunicação da Asnab Nacional e também membro da CNNE, Evaldo Fernandes, informou aos participantes da assembleia que na proposta da comissão patronal apresentada formalmente pela companhia não existe banco de horas. “Segundo a proposta deles (Conab), os empregados deverão, obrigatoriamente, estarem presentes em suas unidades durante os horários de 8h30 às 11h30 e de 14h às 17h. Ficam isentos do ponto o presidente da Conab e as pessoas que têm jornadas especiais de trabalho. Mais a frente da proposta, a empresa coloca assim: horário específico concedido de acordo com a conveniência da companhia. Aqui diz tudo. Os que hoje estão sem trabalhar, vão continuar sem trabalhar porque tem essa abertura. Depois eles (representantes da Conab) nos perguntam porque a gente tem tanta resistência em aceitar o ponto eletrônico. Pela proposta, é de conveniência da empresa liberar quem ela quiser”, opinou Evaldo.
Depois de ouvirem os relatos dos membros da CNNE sobre as debates com a comissão patronal sobre a implantação do ponto eletrônico, fazerem uma discussão sobre os prós e contras do tema e revelarem o que foi decidido nas assembleias em seus estados, os representantes dos empregados decidiram rejeitar a proposta. A votação foi a seguinte: 33 votos contra a inserção, 04 a favor e 03 abstenções.
Assessoria de Imprensa ASNAB