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Terça, 15 Outubro 2013 22:31

No dia da Alimentação, especialista fala sobre a importância de escolher bem o que vai ao prato

“A alimentação inadequada pode causar além do aumento de peso, sonolência, dificuldade de concentração e fraqueza”, explica Dr. Mohamad Barakat, nutrólogo especialista em metabologia e fisiologia do exercício e Máster em ciências do envelhecimento. O especialista alerta ainda que a defasagem de nutrientes afeta o metabolismo e prejudica as funções do organismo. Segundo dados do IBGE, a alimentação de quase 90% da população no Brasil não atende as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda o consumo de 400 gramas diárias de frutas, legumes e verduras.

Dr. Barakat explica que é simples incluir essa quantidade no cardápio, o problema está nos hábitos dos brasileiros. Trocar a batata frita por uma porção de lentilha, por exemplo, não parece nada apetitoso, mas deve-se pensar que são atitudes como essa que podem garantir um envelhecimento mais saudável. “Mudar exige esforço e dedicação. Além disso, não devemos encarar a necessidade de comer bem, de praticar exercícios, de dormir a quantidade de horas necessárias etc., como um esforço e sim como um investimento que nos beneficiará com mais saúde e longevidade”, relata o especialista.

O nutrólogo também lembra que, ao contrário do que se pensa, manter uma alimentação rica e balanceada não custa mais caro. “Hoje em dia, o preço que se paga para fazer uma boa salada, um legume refogado ou um suco não é mais caro que o de uma coxinha e um refrigerante”.

Para o médico tudo é uma questão de escolha. “Se você cuida bem do seu carro, procura colocar um combustível de qualidade, fazer a manutenção adequada, etc., pode e deve cuidar da mesma forma da sua máquina mais importante: seu corpo! Com os cuidados certos, o resultado é qualidade de vida e um envelhecimento saudável.”, finaliza Dr. Barakat.

Fonte:  Maxpress/J.Comunidade

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1 Comentário

  • Link do comentário Daniel Barboza Quarta, 23 Outubro 2013 09:52 postado por Daniel Barboza

    Alimentar o mundo





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    Pequenos camponeses são cruciais no combate à fome








    Este mês marca o aniversário de 50 anos do discurso do presidente John F. Kennedy sobre o fim da fome mundial, mas a situação continua ruim. Quase um bilhão de pessoas passam fome no mundo. Faz tempo que produzimos calorias suficientes, cerca de 2,7 mil por dia por pessoa, mais do que o bastante para suprir as necessidades de uma população de 9 bilhões, projetada pela ONU para 2050. Há pessoas passando fome porque nem todas as calorias são para o consumo humano - um terço serve para alimentar animais, 5% são usados na Produção de biocombustíveis e um terço é desperdiçado ao longo da cadeia alimentar.

    O sistema é insustentável, pois depende de combustíveis fósseis e resulta em danos ambientais. Seu funcionamento é orientado para permitir que a metade do planeta com dinheiro coma bem, enquanto os demais procurem uma maneira de se alimentar gastando o mínimo possível. Paradoxalmente, conforme um número cada vez maior de pessoas pode arcar com o custo de se alimentar bem, a comida vai se tornar mais escassa para os pobres, pois a demanda por produtos animais aumentará, exigindo mais recursos como grãos. Calcula-se que um aumento inferior a 30% na população mundial dobre a demanda por produtos animais. No entanto, não existe terra, água nem fertilizante para que o mundo inteiro consuma carne nos níveis ocidentais.

    Se quisermos garantir que os pobres comam melhor, precisamos parar de supor que o modelo industrial de Produção de alimentos e a dieta que o acompanha, responsável por numerosas doenças, seja desejável e inevitável. É hora de admitir que há dois sistemas alimentares: o industrial e o dos pequenos proprietários, que é mais eficiente. Para o ETC Group, organização de pesquisa de Ottawa, a cadeia alimentar industrial consome 70% dos recursos agrícolas para produzir 30% do alimento mundial, enquanto a "rede alimentar camponesa" produz os 70% restantes usando apenas 30% dos recursos.

    Variedades de alto rendimento de qualquer uma das principais espécies de monocultura comercial proporcionarão uma produtividade superior à de variedades dessa mesma espécie cultivadas por camponeses. Mas, ao diversificar o cultivo, misturar plantas e animais e plantar árvores, os pequenos proprietários podem produzir mais comida. Usarão menos recursos e arcarão com um custo mais baixo no transporte, ao mesmo tempo, oferecendo mais segurança alimentar, conservando a biodiversidade e compreendendo melhor os efeitos da mudança climática.

    Se definirmos "produtividade" não em termos de quilos por hectare, mas pelo número de pessoas alimentadas pela Produção dessa mesma área, veremos que os EUA estão atrás de China e Índia (e também da média global), num patamar equivalente ao de Bangladesh, pois parte daquilo que é produzido é destinado aos animais e biocombustíveis.

    Obviamente, nem todos os pobres conseguem se alimentar direito, pois carecem de recursos essenciais: terra, água, energia e nutrientes. Com frequência, isso é resultado de ditaduras, guerras, deslocamentos, calamidades naturais ou da apropriação de terras e de recursos hídricos.

    O resultado é uma fuga rumo às cidades, onde os camponeses se convertem em trabalhadores mal remunerados e se alimentam mal. Ao chegar a esse ponto, deixam de ser "camponeses" e viram , os pobres trabalhadores dos EUA. É uma fórmula que produz fome e obesidade. Primeiro é removida a capacidade de produzir comida. Em seguida, a capacidade de pagar pela comida, substituindo-a por uma única alternativa: o alimento ruim. / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

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