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Quinta, 03 Outubro 2013 22:08

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1 Comentário

  • Link do comentário Gildo Costa Terça, 08 Outubro 2013 15:28 postado por Gildo Costa

    Ao fórum de superintendentes: para os senhores refletirem, pois foi oportuno e muito bem escrito esse artigo do Sr. Geovani Ferreira. É bom lembra-los, que no Congresso Nacional, existe a turma da penitenciária. E que a Conab não é melhor que o Congresso Nacional, OU É?
    Artigo do jornalista Giovani Ferreira publicado no jornal Gazeta do Povo, de Curitiba-PR
    O uso político de estruturas mais técnicas e estratégicas para o desenvolvimento econômico e social do país tem levado o Brasil a uma exposição negativa e desnecessária, com reflexo direto e desastroso na imagem, confiança e referência de pessoas, entidades e instituições. No mínimo lamentável o desgaste provocado pela Operação Agro-Fantasma, que na semana passada prendeu e afastou funcionários e servidores públicos e privados de estatais, como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), bem como de associações e cooperativas de produtores.
    Eu diria que uma situação vergonhosa e constrangedora, ao estado e ao país, a considerar a causa nobre a que se destina o programa em investigação. Desviar produto, recurso ou finalidade de um programa de combate à fome vai muito além da irresponsabilidade. É crime.
    Contudo, é preciso separar o joio do trigo. Nem tudo é fraude e nem tudo é irregularidade. Assim como nem todo suspeito é culpado. O fato é grave e precisa ser investigado. Mas a Conab continua sendo uma instituição de respeito, com pessoas sérias e de bem, com atribuições essenciais ao abastecimento e segurança alimentar, de cidadania e soberania.
    Não vamos julgar o todo pela parte e muito menos condenar o suspeito. Os fatos devem ser apurados e os culpados punidos, até como forma de enquadrar e disciplinar condutas irregulares. O grande desafio, porém, não está em identificar. E sim em punir as irregularidades, em prevenir e impedir que elas voltem a ocorrer.
    E não há como fazer isso sem “despolitizar’’ o comando dessas estruturas, que demandam indicação mais técnica que política. Não vamos esquecer que há dois anos acusações de irregularidades na mesma Conab derrubaram o então ministro da Agricultura, Wagner Rossi. O presidente da companhia na época, Evangevaldo Moreira dos Santos, sobreviveu à maré, mas, se não tivesse pedido para sair, provavelmente teria sido demitido. Ou seja, os problemas envolvendo o órgão não são novidade. Como também já passou da hora de se dar um basta.
    O caminho talvez seja partir para indicações por competência, com apadrinhamento técnico, não político. Isso é um sonho, é verdade. Um sonho em que, apesar de distante, é preciso acreditar. E começar, de repente, pelo Ministério da Agricultura (Mapa). Dos últimos três ministros, um foi indicado porque era parente de um político importante do Executivo Federal, outro era radialista e o último, porque tem pretensões político-partidárias em seu estado de origem nas eleições de 2014. Aí realmente fica difícil fazer o dever de casa. Isso no próprio Ministério da Agricultura. Imagine, então, em suas coordenadas, como a Conab.
    Giovani Ferreira (Gazeta do Povo)

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