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Segunda, 22 Abril 2013 11:19

Cerca de 200.000 mortes por ano podem ser relacionadas com o tabagismo, no Brasil. No entanto, o indivíduo permanece fumando ao longo dos anos em função de:
- prazer - não há dúvida que o cigarro gera prazer, isso é decorrente dos efeitos euforizantes que algumas substâncias liberadas pelo cigarro, destacadamente a nicotina, provocam no cérebro;
- hábito - com o passar do tempo, os rituais que envolvem o uso do cigarro (acender o cigarro, fumar ao tomar café, fumar ao falar ao telefone) tornam-se automáticos. De tal forma que não é incomum o fumante acender um cigarro e, ao colocá-lo no cinzeiro, perceber que já havia outro aceso;
- dependência - é o fator mais importante na manutenção do tabagismo.
A queima do cigarro produz mais de 4500 substâncias, a grande maioria prejudicial à saúde. Elas são distribuídas em uma fase gasosa e numa outra composta de partículas microscópicas.
 
Dependência
 
A dependência da nicotina é uma situação em que o organismo passa a não tolerar sua ausência, reagindo com extremo sofrimento frente a essa situação. É uma forma de dependência física, semelhante à dependência provocada pelo álcool, cocaína e heroína.
A dependência é caracterizada por pelo menos um dos seguintes critérios:
- tolerabilidade - com o passar do tempo o indivíduo já não obtém o mesmo prazer com a mesma quantidade de nicotina, ele precisa de quantidades cada vez maiores da substância;
- desejo persistente - o fumante gasta grande parte do tempo em atividades como a de conseguir o cigarro, de usar o cigarro. O tabagista persiste com o uso do cigarro, apesar de saber que a sua saúde está sendo prejudicada. Há um prejuízo das atividades sociais, ocupacionais ou recreativas por causa do uso do cigarro;
- síndrome de abstinência: o indivíduo apresenta uma série de sintomas quando fica sem a nicotina        
Cerca de um terço das pessoas que colocam um cigarro na boca e 90% dos jovens que continuam fumando após os 19 anos de idade tornam-se dependentes da nicotina. Isso deve se aos efeitos que ela produz no cérebro humano.
Após o cigarro ser tragado, a nicotina é absorvida pelos pulmões e cai na corrente sangüínea, atingindo o cérebro em 7 a 20 segundos. No cérebro, a nicotina libera substâncias (dopamina, endorfinas etc) que desencadearão a sensação de prazer. Com o passar do tempo, o cérebro, em resposta aos repetidos estímulos da nicotina, produz mais receptores nicotínicos, passando a depender do preenchimento dos receptores pela nicotina para funcionar adequadamente, caracterizando a dependência física.
 
 
Síndrome de Abstinência
 
A síndrome de abstinência é um conjunto de sintomas que surgem quando o fumante dependente da nicotina fica temporariamente (algumas horas) sem usar o cigarro. Esses sintomas são: ansiedade, tontura, dor de cabeça, irritação, insônia, mal humor, depressão, desânimo, dificuldade de concentração, aumento do apetite, vontade incontrolável de fumar.
Os sintomas de abstinência geralmente não são atribuídos, pelo fumante, à ausência do cigarro. Eles atingem intensidade máxima após 2 a 3 dias sem fumar, reduzem com 1 semana e geralmente desaparecem após um mês.
Ao fumar os sintomas desaparecem e o indivíduo tem a falsa sensação de que o cigarro é uma forma de relaxamento. Na verdade, o tabagista fuma para aliviar ou evitar os sintomas da abstinência. Isso explica porque, ao acordar, o indivíduo tem tamanha necessidade de fumar o primeiro cigarro, pois durante o sono ocorre queda nos níveis de nicotina no sangue e caso não haja reposição os sintomas de abstinência surgirão.
A síndrome de abstinência é um dos principais motivos que dificultam o abandono do tabagismo.
 
 
Porque parar de fumar?
 
É importante parar de fumar para evitar os danos provocados pelo cigarro à saúde. No entanto, muitos fumantes, principalmente os mais jovens, apesar de saberem disso não desejam parar de fumar, alegando que têm uma vida ativa e que o cigarro não interfere em nada. Isso surge em decorrência de o indivíduo só perceber e valorizar os sintomas das doenças provocadas pelo cigarro após anos de exposição ao fumo&l

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2 comentários

  • Link do comentário Luiz Antonio Quinta, 25 Abril 2013 15:36 postado por Luiz Antonio

    Então....quando conseguir eliminar o primeiro do dia......... Vitória...é só alegria, respire bastante, beba bastante água e mantenha-se afastado do danado.

  • Link do comentário Luiz Antonio Quarta, 24 Abril 2013 15:20 postado por Luiz Antonio

    Não é fácil,parar de repente, seria o melhor; porém sómente alguns conseguem.Após quase 30 anos 1 cart p dia, aos 49 parei fazem 3 anos controlando a redução da seguinte forma : 1 pela manhã após o cafézinho, outro sómente 9 h, junto com outro cafezinho, outro só depois do cafezinho do almoço, outro às 15h, e outro depois da janta, após uma semana fica sómente com aqueles de casa manhã, almoço e a noite, não carregue cigarros consigo , após uma semana (pode ser menos) elimina o do almoço, restarão sómente dois, aí fica fácil vc já aprendeu; daí...pratique uma atividade física . Não custa tentar

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