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Quinta, 18 Abril 2019 15:28

Celebrar a Semana Santa é sem dúvida para todos os cristãos do mundo inteiro, sejam eles católicos ou não, vivenciar, percorrer, recordar, rememorar todos os passos últimos e acontecimentos da vida histórica de Jesus Cristo.

 

Nesse tempo santo celebramos a sua Paixão, sua morte e ressurreição que se manifesta pela sua entrega total e livre à cruz pela redenção de todos. Nesse sentido celebrar a Semana Santa é celebrar a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus que o Cristo realizou quando morrendo destruiu a nossa morte, e ressuscitado, renovou a vida. É ainda celebrar a Páscoa, não a dos judeus que recordavam à passagem do mar vermelho e sua libertação, nem tão pouco a festa dos pães Ázimos, marcada pelas oblações e sacrifícios ao Deus YHAVÉ, mas a nova Páscoa, a de Jesus Cristo que não só nos libertou das mãos da escravidão e da opressão do Faraó, mas nos libertou definitivamente das mãos da morte e do pecado, pois o príncipe da paz nos libertou do aguilhão da morte.

 

Essa vitória é marcada inicialmente pela sua entrada gloriosa em Jerusalém, onde triunfante Jesus celebra a sua Páscoa. Na entrada Ele é aclamado Rei e Senhor. (Domingo de Ramos).

 

Em Jerusalém Jesus realiza aquilo que chamamos a última Ceia (Páscoa da Ceia). Na quinta-feira santa recordamos e proclamamos o mistério da cruz de Cristo no qual reside a nossa glória. O mistério central deste dia é a entrega de Jesus na Eucaristia, no Corpo e no Sangue derramado por nós e para nossa remissão. Celebramos e recordamos ainda o gesto do lava-pés, onde Jesus se entrega livremente até o fim e nos ensina qual é o maior de todos os mandamentos,que é amar e servir. Na Eucaristia, instituída pelo mestre na Ceia derradeira, todos participam, no entanto critérios são estabelecidos, os discípulos do mestre são aqueles que se entregam e doam sua própria vida pelos outros. O verbo doar nesse sentido tem uma conotação donaré, do latim, doação.

 

A entrega livre e consciente de Jesus é manifestada na cruz, onde seu reinado é marcado e prolongado na lamentação daquele que “veio para o que era seu, mas os seus não o receberam”. Neste dia contemplamos as suas chagas, e tornamos presentes as dores e os martírios de nosso Senhor. Nesse dia cantamos ainda a Páscoa da Cruz, a vitória do amor e a glória daquele que se fez por nós obedientes até a morte de cruz. No esplendor desta feliz paixão, recebemos forças para sermos fiéis a nossa missão. A cruz é venerada e adorada, pois ela não é apenas um instrumento de morte, mas ao mesmo tempo é trono de exaltação. A cruz entra na assembléia litúrgica co o sinal de vitória, como um sinal de salvação-redenção para a humanidade. A Igreja nasce da cruz, do ato supremo de amor e de Jesus nela, pois é do seu coração, aberto pela lança que nas, que nascem os sacramentos pascais: o Batismo (água) e Eucaristia (sangue).

 

A morte não foi para Jesus um obstáculo, pois Ele é o Senhor da vida. Por isso celebramos no sábado santo, de madrugada, em plena escuridão o resplendor de uma luz que não se apaga. Neste dia santo proclamamos que o Senhor operara desde a criação do mundo, passando pela libertação dos hebreus até a nova páscoa do Nosso Senhor Jesus Cristo. Retomamos o aleluia, não cantado na quaresma, pois felizes estamos pela vitória do Cristo sobre o mundo, com todos os seus sistemas dominadores e opressões. A vida vence a morte, a graça e desgraça, a luz às trevas, o Cristo o mal.

 

Celebramos ainda a ceia do cordeiro sem mancha, que ressuscitando, infunde em nós o desejo de nos tornamos, assim como ele, o no Adão. Por isso ele nos liberta de todas escravidões e nos conduz ruma à vida eterna. Boa Semana Santa!!!

 

Seminarista Cícero Paulino

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