ASNAB/PI
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS EMPREGADOS DA CONAB
CARTA ABERTA
A MINISTRA DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
Senhora Ministra,
Diante das catástrofes ambientais, em especial as secas vivenciadas pelos estados da região nordeste onde muitos municípios já estão com situação de emergência reconhecida pela Secretaria Nacional de Defesa Civil. Vivemos uma situação calamitosa provocada pela forte seca que desde 2011 castiga toda região. A “Situação de Emergência” que nos encontramos. Não vejo por parte do Governo Federal e pela direção da CONAB esforços no sentido de amenizar o sofrimento dos moradores da área rural, com a crise climática atingiu dimensões que superam, em muito, a capacidade dos produtores superarem a atual situação.
As perdas é preocupante, afinal são quatro anos sem produção agrícola ou pecuária. Os produtores sofrendo com acúmulo desses anos de chuvas escassas, sem saber a quem apelar, aturdidos, estão vendendo seus rebanhos morrer e no desespero para comprar água de carros-pipa na tentativa de salvar algumas reses. Vendem o pouco que tem pra sobreviver e acabam ficando sem nada. Cada dia sem chuvas piora a situação. Os mananciais para abastecimento de carros pipas estão secando e o custo da água aumenta. A experiência climatológica mostra que a possibilidade de chuvas suficientemente intensas para reabastecer as aguadas acontece no máximo até abril. Vendo esgotar este período propício, desgastados, muitos produtores já chegaram às raias de abandonar suas terras.
O momento exige providencias urgentes. Entendemos que o Governo precisa encarar o problema com objetividade para tentar minorar suas dramáticas consequências, o que significa apoiar o produtor com ações de caráter emergencial (venda do milho), dos programas operacionalizado pela CONAB. Claro que medidas de urgência não descartam a necessidade de ações também de longo prazo. Afinal, mesmo que chova hoje, a cadeia de efeitos destes cinco anos de crise climática é evidente a descapitalização da economia agrária da região, produtividade ínfima e progressivo empobrecimento do produtor.
Fizemos questão de detalhar toda esta situação lhe apelando que mobilize esforços junto ao Governo Federal no sentido de nos ajudar neste momento tão agudo. O fato senhora Ministra é que nós empregados desta Companhia não podemos ser punidos por falta de gestão, somos empregados, pais e mães de famílias. E dessa responsabilidade nós não podemos falhar sob pena de faltar o pão à nossa mesa, nesse diapasão vimos através desta carta para Sra. Ministra que viabilize projetos e programas sociais para que possamos continuar trabalhado e garantir o sustento de nossas famílias. Aprendemos muito, evoluímos muito, e do qual nos orgulhamos. Hoje eu sei que aprendemos muito com a CONAB e que não aprenderíamos em outro lugar.
Não aguentamos mais ver as nomeações políticas para certos cargos?. Não aguentamos mais ver as pessoas reclamando de salário quando o maior problema é que não realizamos a nossa função. Se nós fossemos empregados no sentido literal da palavra estaríamos preocupados(as) com nossa CONAB. Mas isso, é privilégio de poucos. A Companhia perde muito por não saber valorizar a mão de obra que tem. Conheço muitos que querem prestar bons serviços. Se todos nós fossemos colocados para realizar nossas funções, trabalharíamos e renderíamos mais do que o esperado. È a paixão de muitas das pessoas que estão na CONAB.
Desejo a todos uma boa sorte, vamos brigar por salário, sim, mais também por melhorias, projetos e programas sociais que continuem viabilizando a Companhia. Não é de dinheiro que somos feitos. E sim de objetivos. Se quisermos uma luta que valha a pena, briguemos para que a CONAB possa cumprir sua função social. Aí a valorização dos serviços serão a consequência necessária. Esperamos posicionamento do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento quanto ao nosso pleito.
Wagner Wellington Brito de Carvalho
DIRETOR ESTADUAL/ASNAB/PI
Herbert dos Santos Oliveira Francisco Willams Monteiro Lira
Diretor Financeiro/ASNAB/PI Diretor de Comunicação/ASNAB/PI